sábado, 11 de fevereiro de 2012

os lanches de sábado

Durante a semana, não havia doces. Quando ia para a escola, levava na mochila um pão com queijo e depois bebia o pacotinho de leite achocolatado que me davam. Ficava muitas vezes a olhar para uma colega que se deliciava com um bollycao e perguntava-me porque é que só ela podia comer coisas assim. Percebi mais tarde, que de delicioso, nada tinha... Por vezes, quando a minha avó nos ia buscar, a maior delícia que podia trazer com ela, era um pão simples ( um cacete com dentes, como nós lhe chamávamos). O pão não era melhor, nem pior do que os outros, mas como era diferente do que comíamos em casa, sabía-nos sempre a uma recompensa.
Ao fim de semana, a minha mãe fazia um bolo ou umas queijadas. Era tão bom! Em cima da mesa da sala, com um paninho por cima, escondiam-se as relíquias pelas quais esperávamos toda a semana.

Às vezes, depois de nadar, observo as mães nos balneários que dão o lanche às meninas muito pequeninas. Na maioria das vezes, são queques embalados ou bollycaos ou qualquer outra coisa com pepitas. Os doces são dados a todo o momento porque são fáceis de comprar, porque são capazes de afagar um choro, porque é rápido, porque sim...

Actualmente, já são poucas as famílias que têm um fim de semana completo ou que podem estar todos juntos.  Mas o que quero dizer com isto tudo é que, aos sábados ou aos domingos à tarde, cozinhar pode ser uma maneira divertida de passar o tempo com as/os filhotas/es.  E também uma maneira de fazer biscoitos para a semana ou só para o lanche, evitando recorrer às prateleiras do supermercado.

Ainda hoje regresso às torradas de pão caseiro, com azeite e açúcar que a minha avó fazia. Mas isso já é assunto para outras conversas.

Tchussss


Cf

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