segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

família.

bolachas de frutas cristalizadas
Tenho lido muitas crónicas acerca do Natal. Umas muitas boas e outras terrivelmente más. Há quem chegue mesmo a acusar os pais de continuar a incentivar a mentira que é a existência a do Pai Natal. Ora, por exemplo, a mim essa pequena mentira nunca me fez mal nenhum até porque, a certa altura, apercebi-me que o pai natal tinha duas formas, a de mãe e a de pai. Há tantas, tantas mentiras bem piores que os pais dizem aos filhos e dessas ninguém fala.
 
Adoro o Natal porque é a única altura do ano em que estou com a minha família toda. Durante dois dias, não existe absolutamente mais nada. Fazemos bolos, amassamos pão, aquecemo-nos à lareira e mimamo-nos uns aos outros. Há saudades misturadas com risos, abraços salpicados de farinha, filhoses amassadas com beijinhos. A cozinha pequenina torna-se gigantesca e todos fazem alguma coisa. Para quem possa pensar que somos uma multidão, é mentira. Somos seis: pais, irmãs e avó (sem contar com os gatos!). E é suficiente porque são estas as pessoas que durante todo o ano existem mesmo e não numa vaga forma de mensagem, telefonema ou e-mail ocasional.
 


bolachas de frutas cristalizadas

O Natal é também a altura em que, como adoro cozinhar, junto aqueles amigos que considero também família. Todos os anos penso num menú especial para lhes aquecer os coração e tornar aquele momento ainda mais especial. Contra ventos e tempestades, tenho tentado manter este pequeno ritual, mas há sempre barcos que, à falta de bússola, se perdem pelo caminho. Este ano ainda não pensei no menú, mas basta fechar os olhos e imaginá-los a chegar à casa farelo para surgirem ideias.
 
As minhas manas costumam pedir-me sempre para fazer umas bolachas com frutas cristalizadas. A receita não é minha, mas é já uma tradição de família. E, este ano quero partilhá-las convosco.
Aproveitem o Natal para estar com quem mais gostam e, tudo o resto é paisagem. E, contem connosco para adoçar o vosso Natal!
 

cf.