terça-feira, 7 de agosto de 2012

a grande cozinha do mundo.


Pim. Pam. Pum.
Rodrigo. Ana. Beatriz.
Foi por um triz!

A entrada na grande cozinha do mundo é ambicionada por todos mas fica ao alcance de alguns.

A laranja é letal. Ao mínimo corte da faca, o seu aroma espevita os sentidos mais adormecidos. É preciso ter tacto e é preciso ter olfacto. A laranja sabe o que vale e o Rodrigo sabe o que vale o ouro e a prata. A noite e o dia.

Rodrigo com as mãos na massa.
A avó não o deixa mentir e, lá do topo do mundo, ela sorri enquanto o ouve embevecida a amassar com toda a perícia.

Ana também entra na grande cozinha do mundo. Não importa o que está na mesa. O importante é o gengibre. Ninguém sabe de onde veio esta especiaria que nos faz mostrar os dentes só de pensar nela. O Bacalhau à Brás leva gengibre? Na grande cozinha da Ana sim.

Beatriz é curiosa como Alice e não resistiu ao biscoito de canela. Gosta de canela e pronto. Bastou uma trinquinha para encolher e passar para o outro lado do espelho.

Quando os três conhecidos chegaram à grande cozinha do mundo, encontraram três desconhecidos: André. Susana. Pedro. Zás. Trás. Pás.

O difícil é começar. Em apenas um instante, o grupo troca experiências e maçãs e passa a ser um sexteto. Cheira bem aqui. Maçã, gengibre, laranja e canela. O ovo dá luta mas o André não desiste. Pedro não percebe muito bem por que é que os outros cinco gostam tanto de estar na grande conzinha do mundo.

As estórias são batidas com vigor e polvilhadas pela canela da Beatriz. O tempo vai passando e, à nossa volta, a grande cozinha do mundo é já pequena para tantos amigos que vêm daqui e dali.


Um obrigado ao Rodrigo, à Ana, à Beatriz, ao André, ao Pedro e à Susana, por fazerem parte de mais um capítulo da(s) estória(s) do Dom Farelo.
jvaz

Sem comentários:

Enviar um comentário