corações de laranja e sumo de laranjas da Quinta Faísco |
Regresso à casa na árvore. Subir, descer, esfolar os joelhos, as mãos e sujar-me, sujar-me muito. Imaginar que a árvore é o meu castelo e só eu tenho autorização para estar ali. Subo tão alto que ninguém me pode ver, ninguém sabe onde eu estou. Do outro lado, na outra árvore, a minha arqui inimiga. Aquela com quem tenho que lutar para conquistar mais um castelo. Mas as lutas não são nas árvores, temos que descer e enfrentarmo-nos em terreno neutro. Não há espaço para negociações, nem para tréguas. Eu quero ficar com o castelo dela. Quando nos preparamos para lutar, surge uma voz ao longe:
A minha inimiga corre e eu fico a olhar para o vazio. Subo novamente à árvore porque não me quero ir embora. Apanho uma laranja e descasco-a com as mãos, para sentir aquele cheirinho. Que bom! E que recompensa tão boa depois de tantas lutas! Ouço o meu nome, mas ainda me apetece comer mais mil laranjas.
corações de laranja |
Hoje, ainda existe a minha árvore, o meu castelo. E foi lá que apanhei as laranjas com que fiz estes deliciosos corações. Cada cheiro traz uma recordação e a minha infância foi recheada de tantos! Estes corações, sabem a mimos da mãe, depois de viver aventuras e tomar banho!
Eu vou lanchar. Alguém me quer acompanhar?
Tchusssss
Cf