terça-feira, 26 de junho de 2012

bolachas de ananás e côco


sol.

Depois de dias infindáveis a queixar-me da chuva, de viver na cidade do país onde mais pinga, de parecer inverno... veio o SOL! A Haruki rebola-se na varanda, enquanto a Bruzzi deitada na sua cama a observa, como se dissesse que era ela que devia estar a fazer isso. Não sei como é que elas suportam o calor! Eu refugio-me dentro de casa e quando saio, pego na bicicleta para ir, velozmente, a todo o lado. Claro que, enquanto pedalo, tenho que pensar na água fresca que vou beber ou nos sítios climatizados onde vou estar. É horrível dizer isto, eu sei. 
Bolachas de ananás e côco

Nesta cidade, o verão chega juntamente com os incêndios. O ar fica saturado de nuvens negras e de um cheiro a queimado. E, em segundos, volto a desejar que seja outono. Mas, depois olho para as minhas gatas, observo o sorriso das pessoas na rua com os óculos de sol, ouço os míudos do prédio em frente a jogar futebol, vejo os piqueniques no parque e, devagar, vem aquele cheiro a praia, o som das ondas e a vontade de longos banhos no mar!

A Bruzzi tem precisado de muita atenção e, por isso, só hoje me dediquei a criar mais uma bolacha nova. Hoje, pensei em mim, no que me apetecia petiscar mais ao final da noite, na varanda, com um favaios bem fresquinho,  na companhia das míudas e do flz. E, dessa ideia, surgiram estas bolachinhas de ananás e côco. Tão boas!

Vamos à praia?

cf



domingo, 10 de junho de 2012

a Bruzzi precisa de amigos

Eu sou a Bruzzi, gosto de miar e passear na varanda. Esta semana tive um acidente que me levou à mesa de operações. Peço-vos que me ajudem a angariar alguns euros para pagar ao simpático veterinário. As bolachinhas feitas em minha honra pelo Dom Farelo são de canela e gengibre e são deliciosas. Conto convosco para voltar a saltitar pela casa como dantes! Um grande miau para vocês.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

vizinhos.

bolachinhas de mel, nozes e avelãs
Quando morava com os meus pais, conhecia todos os meus vizinhos e eles conheciam-me a mim. Havia uma sensação de familiaridade sempre que estava na rua, como se nunca estivesse sozinha. Nunca mais voltei a ter essa sensação, em qualquer uma das cidades, por onde passei.
Gosto de conhecer os meus vizinhos mas não tenho qualquer tipo de ilusão. As pessoas estão demasiado preocupadas com a sua própria vida para criar qualquer tipo de relacionamento. Até eu sou assim, por isso não posso condenar ninguém.
Actualmente, no prédio onde vivo, conheço dois ou três vizinhos. Não sei os seus nomes, mas vejo-os no elevador ou à porta do prédio e trocamos cumprimentos ou breves sorrisos. Este fim de semana, fui apanhar cerejas para a zona dos pais do flz. Quando regressei, fui deixar algumas cerejas à nossa amiga Maria Pirulito para fazer uma compota. Como a conversa é como as cerejas, saímos de lá já  a noite ia longa. Ao chegar a casa, havia um aviso no elevador a dizer que uma gata tinha caído e precisava de ir ao veterinário. Fixei o andar onde estava e tentei controlar o pânico de imaginar que poderia ser uma das minhas gatas...
Ao entrar em casa, o pior confirmou-se quando só uma me veio receber. Com o coração a mil, envergonhada pela hora tardia, não consegui deixar de ir bater aquela porta. Os meus vizinhos receberam-me e a minha pequenina estava encostada a um canto. Eles, muito simpáticos, ligaram-lhe a patinha que tinha ficado ferida e contaram-me que a mãe a tinha encontrado à porta. Sem nos conhecerem, eles fizeram mais por nós, pela nossa gatinha, do que muitas pessoas que estão perto e que nos conhecem.
Fico muito feliz por saber que, no meio de tantas pessoas, existe alguém com um coração tão grande. Por isso, fiz estas bolachinhas para eles, para lhes agradecer do fundo do coração por terem cuidado da Bruzzi.

cf.,